segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Santa Teresinha do Menino Jesus.





Marie Françoise Thérèse Martin era o nome de batismo de Santa Teresa de Lisieux, ou Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face. Ela nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873.

Era desejo de seus pais que fosse religiosa como as outras filhas do casal. Maria Francisca Teresa era a mais nova e perdeu a mãe com apenas quatro anos, mudando-se com a família para Lisieux.


Quase ao completar quatorze anos, no Natal de 1886, Teresa passa por uma experiência que chamou de "Noite da minha conversão". Ao voltar da missa e procurar seus presentes, percebe que seu pai se aborrece por ela apresentar comportamento infantil. A menina decide então a renunciar a infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de força e coragem para o porvir.


Aos poucos viu as suas irmãs, uma a uma, consagrarem-se a Deus e aos quinze anos conseguiu uma permissão especial do papa Leão XIII para ingressar na ordem das carmelitas.


Seis meses depois, Teresa decide que quer entrar para o Carmelo (Ordem das Carmelitas Descalças). Como a pouca idade a impede, é levada por familiares, em novembro de 1887, para uma audiência com o Papa, em Roma, para pedir a exceção, a chorar, ao Papa Leão XIII, contra a vontade do então Bispo de Lisieux. Em abril do ano seguinte é finalmente aceita. Concedida a autorização ingressou em 9 de abril de 1888 e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus.


Fez sua profissão religiosa, em 8 de setembro de 1890, e tomou o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus et de la Sainte Face, mas ficou conhecida após sua morte como Thérèse de Lisieux.


Inclinada por temperamento à calma e a tristeza, Thérèse com lindos cabelos castanhos, olhos claros e traços delicados, quando escrevia no seu diário “Oh! Sim, tudo me sorrirá aqui na terra”, atravessava uma época em que experimentava injustiças e incompreensões. Já atingida pela tuberculose, debilitada nas forças, não rejeitava trabalho algum e continuava a “jogar para Jesus flores de pequenos sacrifícios”.

Percebendo-se tuberculosa, viu que não poderia trilhar um caminho como o dos mártires ou dos evangelizadores distantes. Escolheu então a "pequena via" para a santidade baseada em orações, provações, sacrifícios e entrega ao amor de Cristo. Seus escritos tornaram-se livros que servem de inspiração religiosa.


Morreu vitimada pela tuberculose, com apenas 24 anos, em 30 de setembro de 1897, prometendo uma chuva de rosas sobre o mundo. Por isso é representada segurando as flores junto a um crucifixo. Foi sepultada no cemitério de Lisieux.

Santa Teresinha foi canonizada em 1925 pelo papa Pio XI, que a declarou Patrona Universal das Missões. Em 1997 o papa João Paulo II a proclamou Doutora da Igreja e, no ano seguinte, seus escritos coletados sob o título de "História de uma alma" comemoraram 100 anos de publicação.

CARTA DE SANTA TERESINHA


“Não consigo, querida irmãzinha, dizer-te  tudo aquilo que gostaria. Meu coração não pode traduzir seus íntimos sentimentos com a fria linguagem da terra… Mas, um dia, no Céu, na nossa bela Pátria, olharei para ti, e em meu olhar verás tudo o que gostaria de te dizer, pois o silêncio é a linguagem dos bem-aventurados habitantes do Céu!


Enquanto esperamos é preciso ganhar a Pátria dos Céus… É preciso sofrer, combater… Oh! Suplico-te: reza pela Tua Teresinha a fim de que aproveite do exílio da terra e dos abundantes meios que ela tem para merecer o Céu.

És bem feliz, irmãzinha, por Jesus ser tão ciumento de teu coração. Ele te diz como a esposa do Cântico: ‘feriste meu coração.  com um só de teus olhares e com um só de teus cabelos a esvoaçar sobre teu colo’. Jesus está bem contente contigo; eu o percebo. Se te deixa ainda ver infidelidade em teu coração , estou certa de que os atos de amor que ele recolhe são mais numerosos.


Qual das ‘Teresas’ é a mais fervorosa? Aquela que for mais humilde, que estiver mais unida a Jesus, que for mais fiel em fazer todas as suas ações por amor! Ah, rezemos uma pela outra a fim de sermos igualmente fiéis… Firamos Jesus com nosso olhar e com um só de nossos cabelos, isto é, com a maior das coisas e com a menor delas. Não lhe recusemos o menor sacrifício. Tudo é tão grande na religião… Apanhar um alfinete por amor pode converter uma alma. Que mistério!
Ah! Só Jesus pode dar um tal valor às nossas ações…

Amemo-lo, então, com todas as nossas forças!

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